Só que estou na minha casa de memórias procuro dela sair.
Incomodam-me
estas coisas que restam, pedaços de mim que me não largam.
Não encontro a
porta.
Porventura não a quero encontrar porque são meus aqueles pedaços.
Esquecê-los, destruí-los, seria esquecer-me de mim.
E se eu de mim não
lembro, quem se lembrará?
Fico, então, por aqui, revendo isto, recheirando
aquilo, chafurdando em mim.
Tenho que fazer meus aqueles pedaços de mim.
Porque o são.
Vislumbro, assim procedendo, a porta por onde entrei.
Mas
não é porta. Porque não é casa.
Não existe isso da casa. Não sou aldeia com
ruas e moradias, quelhas e prédios.
Sou só e sempre eu. Só.
Seguirei
o caminho pavimentado com o que fiz, faço e farei. Onde me leva, para onde vou,
não sei.
Saí de coisa nenhuma, mas saí.
Sei que não estarei só.
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